A gente vem pra esse mundo mesmo é pra se envolver. Se emocionar profundo, num grande mergulho, sem arremeter.
A gente vem pra amar e se permitir ser amado. Deixar o orgulho de lado, pq tudo é caminho, é aprendizado.
Num complexo emaranhado, ser atravessado pelo outro, que é reflexo, que é vc mesmo, em alguma camada, desdobrado.
A gente vem pra esse mundo mesmo pra sentir a Unidade, perceber que do todo ninguém tá separado, é a família humanidade.
Despertar a centelha do divino, sentir pulsar a teia que nos conecta, fazer crescer dentro o Deus menino, sentir da vida o néctar.
A gente vem pra bordar a alma, esculpir o coração, deixar o amor emergir, parir nossa melhor versão.
A gente vem pra esse mundo mesmo pra se sentir parte, comungar com a Terra, nossa Matriarca.
Oh sorte, a gente vem pra fazer arte.
Pra criar, deixar de legado nossa assinatura, como pintura, nós, criatura, a se acercar então do Criador. Apreciar, como quem come sobremesa de colher. Talvez até, Deus seja mulher.
A gente vem pra esse mundo mesmo pra ser livre, leve, solta, com remendos mas sem amarras. Viver com garra. Plantar no céu as raízes, honrar as origens, decolonizar a mente.
Importante não esquecer: nossa liberdade termina quando o outro oprime, e isso é crime, não é vencer. Não precisamos concordar, mas temos que respeitar a vereda alheia, pq nossa lente é limitada pra julgar, não vê o todo que o caminho permeia.
E a liberdade compartilhada minha gente, que com Verdade nos mantém consciente e as mãos dadas… Ah, essa é tesouro, é sagrada, é presente
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