Mesmo o dia de maior escuridão, oferta beleza na presença.
É o Universo a te atualizar cura em uma velha crença.
O outono se despede, a desfolhar de tudo o que não mais serve.
Esvazia, emudece, cíclica, sazonal, úmida, atemporal.
Porque tanto corres das sombras?
Se carregam chaves grandiosas,
como cipós encantados escancaram portais à dimensões frondosas.
Não, sem sombra não se faz qualquer sacerdotisa.
Adentre na gruta do inverno da alma a convite do solstício,
recolhe no silêncio o quentinho da alma acolhida.
Entrar e sair das trevas sem macular é um aprendizado profundo,
é transitar entre mundos,
é desdobrar o tempo que mora no presente, na magia do agora.
Sim, é tudo questão de perspectiva.
O tempo, que gira…
Passado o inverno, a visita ao inferno interno,
estarás pronta então a primaverar.
Permitir e aceitar a emergir a verdade oculta de dentro,
como o perfume da flor se faz elixir ao nariz sedento.
Assim, o secreto torna-se discreto ao se iluminar,
à luz da consciência tua,
que caminha rumo ao destino único de cada ser:
a expandir, evoluir, crescer.
Que bonito!
Maravilhoso poema... adorei as metáforas que definem os ciclos do crescimento !!!!!!