A floresta tem vozes de sabedoria.
Desfila a borboleta a beleza da transformação.
Curva-se ao vento suavemente o bambu, se desfolhando em humildade.
Transcorre o rio, as águas que ensinam sobre efemeridade.
A flor libera o perfume da existência.
Ensina sobre o ciclo da vida e sua impermanência.
O sol, energia vital da abundância divina, os raios da realeza.
A árvore inspira fortaleza.
A raiz, o aprofundar, e o pertencer.
Além da memória, que mantém viva a sua história.
As formigas o espírito do trabalhador.
E quanta alegria nos desperta o beija flor.
A floresta fala, canta, grita!
Acolhe as sementes benditas.
Desabrocha no recordar da Unidade.
Os pássaros, o canto da Liberdade.
Abelhas sobre comunidade
O vaga-lume, espelho, reflete nossa luz.
E a lagarta? Quanta resiliência induz.
As cigarras, a anunciação, as libélulas, a adoração.
A plantação, exala coerência em cada grão
Porque não colho banana, se eu plantar mamão.
A floresta tem vozes de sabedoria
A terra inspira fertilidade, nutrição e maternidade
A floresta CURA!
Nos conecta com o que há de mais puro.
E sem ela não haverá algum futuro.
Aflora a intuição, traz ritmo, pulsação.
Orquestra divina.
Oferta em seu sumo a ancestral medicina.
Abriga elementais, protetores, encantados...
Ressoa imanente e transcendente ao mesmo tempo.
Generosa, transborda ensinamento.
Silencio.
Contemplo o palco de tantos Reinos
Ah, Terra Mãe, agradeço
Honro cada broto que tens germinado em mim
e permaneço atenta, a Te escutar
Cada pio, cada pegada, cada farfalhar.
A floresta tem vozes de sabedoria
Reverencio, peço licença.
Que as Vozes ecoem por toda existência
Sejamos sementes
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